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Monografia

A influência do tabagismo no turnover celular e suas consequências na Implantodontia: revisão de literatura

Aluno: Diego Roberto da Rosa
Orientador(a): Dra. Paola Rebelatto Alcântara
Área: Implantodontia
Ano: 2014

Resumo
Tem sido atribuído ao hábito de fumar o efeito deletério sobre a condição de saúde geral, como também sobre os tecidos da cavidade oral. O cigarro influencia negativamente no prognóstico de vários procedimentos realizados pelo cirurgião-dentista, diminuindo a resposta cicatricial do organismo após extrações, terapias periodontais, enxertos ósseos, cirurgia ortognática e, diminuindo também o índice de sucesso dos implantes dentários. Este trabalho tem como objetivo estabelecer uma relação entre o hábito de fumar e os procedimentos relacionados à terapia com implantes (regeneração óssea guiada, enxertos ósseos, levantamento de seio maxilar e implantes), baseados em uma revisão de literatura. Foram revisados estudos clínicos publicados entre 1959 e 2013 através de ferramentas de pesquisa como EBSCO, Scielo, PubMed e manualmente através da literatura pré-existente. A maior parte da literatura indica que o hábito de fumar afeta a taxa de sucesso dos implantes dentários, com poucos estudos contrários estabelecendo pouca ou nenhuma relação. Fumar provoca diminuição da capacidade de cicatrização dos tecidos orais, diminuição da densidade do osso neoformado, menor atividade dos osteoblastos, diminuição da altura do osso alveolar e afeta as taxas de sucesso dos enxertos ósseos. A taxa de insucesso de implantes instalados em seios maxilares enxertados de fumantes é quase o dobro do que visto em pacientes nãofumantes. Ao final do trabalho podemos concluir que o cigarro provoca uma diminuição no processo de cicatrização nas suas mais diferentes formas, levando a índices estatisticamente menores no sucesso de enxertos ósseos ou tecidos moles, como também de implantes dentários. Embora o hábito de fumar não seja uma contra-indicação absoluta para a terapia com implantes, a diminuição ou cessação do hábito de fumar pode levar estes índices próximos a taxas de pacientes nãofumantes.