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Dissertação

Análises tomográfica, microtomográfica e histológica entre enxertos em bloco autógeno e xenógeno nas reconstruções ósseas de maxila

Aluno: Bernardo Mattos da Silveira
Orientador(a): Dr. Leandro Klüppel
Área: Implantodontia
Ano: 2013

Resumo
A reconstrução óssea em bloco na maxila exige a utilização de materiais de enxertos com capacidade de suporte para os implantes dentários. O osso autógeno possui excelentes propriedades, porém proporciona maior morbidade em sua obtenção e quantidade restrita. Como alternativa viável, o osso xenógeno em bloco vem sendo sugerido como um substituto ao osso autógeno. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo, através de análises tomográfica, microtomográfica e histológica , entre enxertos em bloco autógeno e xenógeno. Num grupo em que foi evidenciada a
necessidade de enxertos, 8 pacientes foram tratados com osso autógeno extraído do ramo mandibular, resultando em 10 amostras deste enxerto (G1) e outros foram tratados com osso xenógeno, resultando em 12 amostras deste material (G2). Exames de tomografia computadorizada foram realizados em três momentos: antes da instalação aos blocos (T0), imediatamente após (T1) e com 6 meses de reparo ósseo (T2), a fim de avaliar o volume das áreas enxertadas dos 2 grupos. Em todos os blocos, no mesmo tempo cirúrgico da instalação dos implantes, o parafuso de fixação de enxerto foi removido através de uma broca trefina para a confecção das amostras para análises de microtomografia e análises histológicas. Os resultados tomográficos mostraram uma padrão de reabsorção óssea em volume semelhante no dois grupos (G1=5,56%, G2=6,94%, p>0,05), quando analisados em conjunto com osso nativo. Quando analisados isoladamente, houve diferença no padrão de reabsorção (G1=10,62%, G2=16,79%, p>0,05). O grupo xenógeno obteve uma melhor eficiência do tratamento (aumento de volume ósseo final) (G1=283mm3, G2=959mm3, p=0,0003). Diferença esta observada devido a maior disponibilidade em volume do material xenógeno. Na análise microtomográfica, os dois grupos apresentaram microestrutura óssea periimplantar e propriedades mecânicas semelhantes, não tendo diferenças estatísticas nos parâmetros de μCT avaliados. Na análise histológica, observou-se uma neoformação óssea bem definida no enxerto xenógeno e evidências de histocompatibilidade do biomaterial. Apesar da necessidade de realizar estudos a longo prazo para criar resultados mais precisos, o bloco xenógeno apresentou estabilidade volumétrica, microestrutura física semelhante ao grupo controle (G1) e biocompatibilidade, demonstrando ser um substituto em potencial ao osso autógeno.