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Dissertação

Avaliação do índice de sucesso e comportamento dos tecidos periimplantares de implantes cone Morse equicrestais ou subcrestais em arcos inferiores

Aluno: Rafael Amorim Cavalcanti de Siqueira
Orientador(a): Dra. Flávia Noemy Gasparini Kiatake Fontão
Área: Implantodontia
Ano: 2013

Resumo
Fatores como a conexão implante-abutment, quantidade de tecido queratinizado e o posicionamento do implante em relação à crista óssea podem influenciar o sucesso da técnica de reabilitação com implantes osseointegráveis, do ponto de vista funcional e estético). Este trabalho teve como objetivo avaliar clínica e radiograficamente os tecidos peri-implantares de implantes cone Morse instalados em região anterior de mandíbula variando o nível de instalação em relação à crista óssea, submetidos à carga imediata e reabilitados com próteses fixas híbridas. Cinquenta e cinco implantes cone Morse foram instalados nas mandíbulas de 11 pacientes, desdentados totais, do Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO). Vinte e sete implantes foram instalados com a sua porção cervical no nível da crista óssea (Grupo equicrestal: G1) e os demais 28 implantes tiveram a porção cervical posicionada de 1 a 3 mm abaixo da crista óssea, (Grupo subcrestal: G2). A escolha dos grupos foi feita aleatoriamente para obtenção de boca dividida, 5 pacientes tiveram 3 implantes equicrestais e 2 subcrestais, e os 6 demais pacientes tiveram 2 implantes equicrestais e 3 subcrestais, cada. A estabilidade dos tecidos moles peri-implantares foi avaliada através de exame clínico e a remodelação óssea ao redor dos implantes foi acompanhada por meio de radiografias intrabucais digitais padronizadas e tomografias computadorizadas por feixe cônico. As análises radiográficas mostraram melhores resultados para os implantes instalados subcrestalmente quando comparados com os implantes posicionados equicrestalmente em 4 meses (G1 ≅ 0.86 + 0.5 mm; G2 ≅ 0.50 + 0.3 mm) e 8 meses (G1 ≅ 1.02 + 0.5 mm; G2 ≅ 0.66 + 0.3 mm), apresentando diferença estatisticamente significante. Não houve diferenças estatisticamente significantes para o parâmetro recessão gengival em áreas de tecido queratinizado fino ou espesso. Diante desses resultados, concluiu-se que instalação subcrestal dos implantes mostrou índices menores de reabsorção da crista óssea quando comparados aos implantes instalados equicrestalmente. A faixa e espessura de tecido queratinizado parece não influenciar significativamente no comportamento dos tecidos moles peri-implantares de implantes cone Morse submetidos à carga imediata em arcosinferiores edêntulos neste estudo padronizado de boca dividida.