Comportamento de próteses híbridas mandibulares e componentes. Análise comparativa entre implantes paralelos ou intencionalmente inclinados. Estudo transversal analítico.
Aluno: Paulo Henrique Garcia Staub
Orientador(a): Profa. Dra. Ivete Aparecida de Mattias Sartori
Área: Implantodontia
Ano: 2025
RESUMO
Objetivo: Avaliar o comportamento clínico e biomecânico de implantes e componentes de próteses híbridas mandibulares instaladas em carga imediata, considerando a influência da inclinação dos implantes distais.
Materiais e métodos: Em 30 pacientes foram coletados dados clínicos, radiográficos e realizadas medições nas próteses, incluindo comprimento dos cantilevers, extensão anterior, distância anteroposterior (AP) e largura do arco na Faculdade ILAPEO. A satisfação foi avaliada pelo OHIP-EDENT. Conforme a inclinação dos implantes distais, os pacientes foram divididos em dois grupos: G1 (≥15°) e G2 (<15°). A análise estatística utilizou os testes Shapiro-Wilk, Levene, t de Student ou Mann-Whitney, e qui-quadrado ou Fisher, com 5% de significância. Resultados: A amostra foi constituída por 13 mulheres (43,3%) e 17 homens (56,7%) com idade média de 62,89,55 (variação de 42 a 85 anos). Desses, 18 (60,0%) tinham problemas sistêmicos controlados. A taxa de sobrevivência dos implantes foi de 100% em ambos os grupos. O grupo com implantes distais inclinados apresentou menor incidência de complicações nos parafusos protéticos (p=0,013). Houve associação entre o comprimento dos cantilevers e as complicações no grupo G1, tanto para o oclusal quanto para o interno. O grupo G2 apresentou maior acúmulo de biofilme na região basal da prótese (p=0,008).
Conclusão: Com base nos dados encontrados neste estudo parece lícito concluir que a técnica que intencionalmente inclina os implantes distais em mandíbulas e instala as próteses em carga imediata não interfere na taxa de sucesso dos implantes, mas favorece o comportamento dos parafusos e o índice de placas nas próteses.