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Dissertação

Estudo comparativo de duas formas de medição da estabilidade de implantes cone Morse e índice de sucesso quando submetidos à carga imediata em mandíbulas edêntulas com dois tipos de prótese (com e sem barra rígida)

Aluno: Eloana Thomé
Orientador(a): Dra Ivete Aparecida de Mattias Sartori
Área: Implantodontia
Ano: 2011

Resumo
Com o objetivo de avaliar a correlação entre duas formas de aferição da estabilidade primária
de implantes (torque de instalação e análise de freqüência de ressonância) e também o
comportamento longitudinal dos implantes quando submetidos a diferentes tipos de prótese
esse trabalho foi idealizado. Vinte e três pacientes foram convidados a participar da pesquisa.
Foram instalados cinco implantes de junção tipo cone Morse entre os forames mentuais (total
de cento e quinze implantes) e, durante a instalação, foram feitas medições da estabilidade
primária com catraca torquímetro (Neodent®, Curitiba, Brasil) e com o aparelho que utiliza a
análise de frequência de ressonância (Osstell™ Mentor). Desses, 14 indivíduos (setenta
implantes) concordaram em se submeterem a acompanhamentos periódicos. Foram então
divididos em dois grupos, segundo o tipo de prótese: com barra rígida (cilindros para técnica
da cimentação passiva – G1) e sem barra rígida (Sistema Barra Distal, Neodent® – G2). Os
demais pacientes foram reabilitados também com próteses fixas. Todos os cento e quinze
implantes foram avaliados quanto ao comportamento, mas somente os setenta implantes que
estavam instalados nos quatorze pacientes do acompanhamento periódico foram submetidos a
novas medidas da estabilidade nos tempos quatro e oito meses. Para verificar se a distribuição
dos dados era normal, foi aplicado o teste Shapiro-Wilk´s. Pelo teste de Pearson o coeficiente
de correlação (r) foi igual a (-) 0,07703 e p-valor igual a 0,41. Esses valores tendem a não
correlação entre as duas formas de medição. As medidas de estabilidades iniciais (T0), quatro
meses (T4) e oito meses (T8) foram comparadas estatisticamente nos dois grupos, analisandose
as variáveis tempo e tipo de prótese. A média do ISQ para o G1 no T0 foi de 70,4±3,02; no
T4, 69,8±2,28 e no T8, 70,6±1,64. Para o G2, a média do ISQ no T0 foi de 68,6±1,54; no T4
de 68,2±1,42 e no T8, 68,6±2,00. Na análise entre os diferentes grupos nos mesmos tempos,
quando G1 foi comparado ao G2 no T0, o p-valor foi de 0,18; no T4, o p-valor foi de 0,16 e
no T8 o p-valor foi de 0,06. Estes resultados sugerem que não há diferença significativa entre
as medidas de ISQ no G1 e no G2 com o passar do tempo. Na análise entre os diferentes
tempos no mesmo grupo, o p-valor obtido para G1 entre T0 e T4 foi de 0,65; entre T4 e T8 de
0,46 e entre T0 e T8 de 0,91. Para G2, o p-valor obtido entre T0 e T4 foi de 0,67; entre T4 e
T8 de 0,74 e entre T0 e T8 de 0,98. Esses resultados também demonstram p-valores maiores
que 5%, sendo a diferença estatística não significativa entre os diferentes tempos de medição,
dentro do mesmo grupo. Nenhum implante mostrou dor ou mobilidade. O índice de sucesso
dos implantes foi 100%. Assim sendo, concluiu-se que apesar das duas formas de medir a
estabilidade não terem mostrado correlação, são parâmetros aceitáveis de avaliação da
estabilidade para indicação da técnica e que a presença de barra rígida não interferiu no índice
de estabilidade dos implantes.