Avaliação da variação angular de análogos entre dois modelos virtuais e do potencial do método para obtenção de prótese passiva implanto suportada de arco total maxilar
Aluno: Adriana Traczinski
Orientador(a): Profa. Dra. Ivete Aparecida de Mattias Sartori
Área: Implantodontia
Ano: 2025
RESUMO
Objetivo Este estudo de coorte transversal avalia a variação angular entre análogos de dois modelos virtuais, um gerado por escaneamento intraoral (EIO) e outro por escaneamento de bancada do gabarito, e o potencial do método proposto para obtenção de prótese passiva implanto suportada em arco total maxilar. Material e método Treze pacientes portadores depróteses provisórias implantossuportadas de maxila já ajustadas foram incluídos no estudo. Os casos foram escaneados seguindo a ordem determinada pelo escâner que recebeu as orientações: pré-tratamento de maxila e gengiva superior. No setor anterior dois scanbodies foram unidos recebendo um ponto esférico de referência para criar um dispositivo de alinhamento virtual (DAV). O escaneamento intraoral gerou o primeiro modelo virtual. Transferentes de moldagem quadrados dos intermediários foram posicionados, também unidos em boca e assim confeccionado um gabarito. No laboratório foi preparado um modelo a partir deste gabarito. Nele, o dispositivo de alinhamento (DA) e os demais scanbodies foram instalados nas mesmas posições da boca e foi realizado um escaneamento de bancada gerando um segundo modelo virtual, considerado modelo de referência. No software, os análogos do primeiro modelo foram alinhados com os análogos do modelo referência. Os desvios angulares foram registrados com base no DAV. Foram realizados os testes estatísticos para verificação de normalidade entre dados, para comparações entre grupos e para correlações entre variáveis (Shapiro-Wilk; Kruskall-Wallis, seguido do teste post hoc de Dunn com ajuste de Bonferroni; teste de qui quadrado e o coeficiente de correlação de Spearman). Resultados Um total de 96 análogos virtuais foram analisados (n=96), presentes em 13 arcos. O número de implantes variou de 6 a 9. Houve correlação significativa positiva entre o número de implantes e o número de devios (p=0,009). Desvios angulares ocorreram em 92,71% dos análogos virtuais sendo a média de desvio -0,31 1,91 e não houve ocorrência dos dados à distribuição normal (p<0,001). Não houve associação estísticamente significativa entre a posição do análogo e a ocorrência de desvio (p=0,447). Todas as próteses produzidas por este método aqui proposto tiveram o assentamento passivo confirmado pelo teste de Shefield. Conclusões Com base nos dados parece lícito concluir que o modelo virtual gerado pelo EIO difere do modelo virtual do gabarito e que o método de alinhamento é suficiente para gerar próteses passivas implanto suportadas de arco total maxilar em cerâmica, dispensando o teste clínico de protótipos.