FATORES QUE INFLUENCIAM A INDICAÇÃO DE PRÓTESE PARAFUSADA EM REGIÃO ANTERIOR MAXILAR – RELATO DE CASO CLÍNICO
Aluno: Igindo Ferraz de Medeiros Filho
Orientador(a): Profa. Dra. Elisa Mattias Sartori
Área: Prótese
Ano: 2024
O sucesso da reabilitação sobre implantes depende de um planejamento individualizado e manejo adequado dos tecidos duros e moles ao redor dos mesmos. O objetivo deste trabalho foi relatar, através de um caso clínico, os fatores que influenciaram na escolha entre as próteses aparafusadas e cimentadas, enfatizando aspectos estéticos, funcionais e biológicos. O relato de caso descreve o manejo interdisciplinar de um paciente de 82 anos, com perda dos elementos dentários 21 e 11 com significativa perda óssea vestibular. Após o planejamento virtual cirúrgico, foram instalados implantes Helix Acqua GM em posição palatinizada, favorecendo a opção por próteses aparafusadas. Um enxerto ósseo tipo Stick Bone e um enxerto conjuntivo foram realizados para ganho de volume e aumento da faixa de tecido ceratinizado, garantindo estabilidade dos tecidos moles e suporte labial adequado. De acordo com a literatura, as próteses cimentadas apresentariam estética superior, mas com maior risco de complicações biológicas, como inflamações causadas por resíduos de cimento. Por outro lado, as próteses aparafusadas, embora mais suscetíveis a complicações protéticas, destacam-se pela facilidade de manutenção, remoção para ajustes e ausência de resíduos subgengivais. Após seis meses de acompanhamento, o paciente apresentou condicionamento gengival satisfatório, faixa de tecido ceratinizado adequada e bom prognóstico a longo prazo. É possível concluir, assim, que a escolha pela prótese aparafusada foi determinante para minimizar os riscos biológicos e facilitar a manutenção em uma região enxertada, principalmente por se tratar de um paciente idoso, corroborando com a literatura quanto à importância do controle dos tecidos peri-implantares.