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Dissertação

Influência das corticais ósseas coronal e apical na estabilidade primária de implantes cone Morse e na correlação entre dois métodos de aferição: Estudo in vivo

Aluno: Anne Kelly de Oliveira Nicolau Mantovani
Orientador(a): Dra. Flávia Noemy Gasparini Kiatake Fontão
Área: Implantodontia
Ano: 2015

Resumo
Este estudo teve como finalidade avaliar a influência das corticais ósseas na estabilidade primária de implantes e na correlação entre duas técnicas de aferição da mesma (torque de inserção e análise de frequência de ressonância) de implantes cone Morse instalados na região inter-foraminal mandibular. A amostra foi composta por dados de estabilidade primária registrados nos prontuários, e tomografias computadorizadas de 33 pacientes que participaram de estudos clínicos prévios. Cento e sessenta e cinco implantes foram instalados no Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO), no período de 2008 a 2013. As imagens tomográficas dos implantes foram analisadas e classificadas de acordo com o posicionamento dos implantes quanto ao contato com as corticais ósseas, dividindo a amostra em três grupos: G1 – implantes estabilizados apenas a nível apical; G2 – implantes estabilizados a nível apical e cervical e G3 – implantes estabilizados apenas a nível cervical. Para cada grupo foi criada uma tabela com os valores de torque de inserção (registrados em Ncm) e de frequência de ressonância (registrados em
ISQ). Os dados foram encaminhados para análise estatística para fins de comparação entre os grupos e para avaliar se há correlação entre as duas formas de aferição da estabilidade primária nos diferentes grupos. Os resultados mostraram que em relação ao torque de inserção foram encontrados dados estatisticamente significantes quando G1 foi comparado a G2 (p=0,001) e também na comparação entre G2 e G3 (p=0,002). Quando G1 foi comparado a G3 não houve significância estatística (p=0,533). Em relação aos valores de ISQ, observou-se diferença estatisticamente significante entre G1 e G2 (p=0,017), entre G2 e G3 (p=0,040). Entre G1 e G3 não houve significância estatística (p=0,520). Quando os grupos foram avaliados em relação à correlação entre as duas formas de aferição, não foi encontrada correlação nos grupos G1: correlação=0,190 e p=0,373, G2: correlação=0,039 e p=0,831; G3: correlação= -0,027 e p=0,867. Com base nos dados foi possível concluir que a posição dos implantes em relação às corticais influencia na estabilidade dos implantes quando a avaliação é feita pelo torque de inserção e quando a avaliação é feita por análise de frequência de ressonância. Quando se analisou a correlação entre as variáveis TI e AFR, não foi encontrada correlação em nenhum dos grupos.