Retrospective cohort study of 4,783 morse tapered hybrid macrogeometry dental implants: implant and prosthesis survival rate analysis
Aluno: Kleryo Antonilo Santos Camara
Orientador(a): Profa. Dra. Tatiana Miranda Deliberador
Área: Implantodontia
Ano: 2025
RESUMO
Objetivo: Este estudo retrospectivo teve como objetivo avaliar o índice de sobrevivência de implantes macrogeométrico híbridos em distintos perfis de pacientes e condições clínicas.
Métodos: Um total de 1215 prontuários clínicos de pacientes com pelo menos um implante Helix instalado na Faculdade ILAPEO (Curitiba, Brasil) foram avaliados de 2018 a 2024. A coleta de dados foi realizada de 2021 a 2024. Parâmetros relacionados aos pacientes, implantes e características cirúrgicas foram coletados: idade, sexo, presença de comorbidades, hábitos de tabagismo, higiene oral, radioterapia prévia de cabeça/pescoço e presença de bruxismo e apertamento, comprimento e diâmetro do implante, interface protética, procedimento de enxerto ósseo, procedimento de enxerto de tecido mole, tipo de osso, torque de inserção, cirurgia com retalho ou sem retalho, cirurgia guiada, região de instalação do implante, eventos adversos e sobrevivência do implante. Estatísticas descritivas resumidas foram estimadas para todos os parâmetros. A taxa de sobrevida foi estimada dividindo-se o número de eventos pelo número total de implantes avaliados. As associações entre as variáveis dependentes “sobrevida do implante” e as características do paciente, do procedimento e do implante foram avaliadas pelos testes qui-quadrado ou de Fisher.
Resultados: Um total de 4783 implantes GM Helix foram instalados em 1215 pacientes com idade média de 57,17 ± 12,09 anos (variando de 24 a 93 anos). A condição médica mais frequente nos pacientes foi diabetes, hipertensão, disfunção da tireoide, uso de esteroides (corticoides), limitações psicológicas e bruxismo e apertamento. Os pacientes foram acompanhados por um período médio de 29,54 ± 18,95 meses (variando de 0 a 81,70 meses). Cento e cinquenta e um implantes foram perdidos devido à falta de osseointegração, resultando em uma taxa de sobrevivência do implante de 96,83%. Eventos adversos foram relatados em 389 (8,13%) implantes. Hipertensão, hábitos de fumar, procedimento de enxerto ósseo, tipo de osso, torque de inserção, região de instalação na mandíbula e ocorrência de eventos adversos foram associados à perda do implante.
Conclusão: O tratamento com o implante macrogeométrico híbrido é uma opção previsível para pacientes desdentados totais ou parciais com saúde comprometida e diferentes condições clínicas. A taxa de sobrevivência do implante foi de 96,83% em até 6,8 anos de acompanhamento. Foi relatada uma baixa taxa de complicações de 8,13%, e a maioria dos eventos foi leve e com possibilidade de tratamento.